sábado, 2 de julho de 2011

Crianças selvagens


Na última aula de Psicologia do Desenvolvimento, foi-nos apresentado um documentário sobre crianças selvagens, nomeadamente, Victor, uma criança que passou a sua infância numa floresta, sem contacto com a sociedade e Genie uma menina que foi isolada da sociedade de tal maneira que nem chegou a aprender a falar
O primeiro caso, chegou mesmo a ser retratado no filme “A criança selvagem” de François Truffaut em 1970.
Estas crianças apresentavam grandes atrasos (sobretudo na fala e no andar), mas considerava-se possível a sua recuperação, tendo sido então alvo de muitos estudos.
Para mudar os seus instintos foram preparados exercícios que os estimulassem, o que os levou a conhecer objectos e a aprender a escrever, Genie chegou mesmo a conseguir dizer várias palavras, mas apesar de todos os esforços as crianças nunca recuperaram do seu atraso.


Os seres humanos, tal como os animais, apresentam necessidades básicas, como é o caso da fome, do sono, ou do apetite sexual. No entanto, os animais irracionais não pensam nem reflectem sobre os seus comportamentos, agindo de maneira a satisfazerem as suas necessidades, sem porem em causa os meios que utilizam para o fazer. São então considerados sistemas fechados devido à sua incapacidade de reflectirem sobre os seus actos, pois agem de acordo com os seus instintos mais involuntários.
Ao contrário dos animais, os seres humanos têm a possibilidade de escolherem se querem, ou não agir de certa forma, mesmo que o resultado das suas acções não lhes satisfaça, propriamente, as necessidades básicas. Apesar do ser humano possuir necessidades que tendem a ser satisfeitas, a decisão pertence apenas ao indivíduo.
 Genie e Victor antes de ser encontrado pelos homens reagia apenas por instintos, comportando-se como um animal, enquanto que, após meses de contacto com a sociedade e com os seus padrões culturais, foram-se habituando a comportar de acordo com as normas de boa educação e de higiene com que nunca tinham lidado antes. Com o passar do tempo e com o contacto com uma cultura, ambos foram-se “moldando” às exigências impostas pela sociedade em que se inseriam. O facto de o comportamento de Genie e Victor se ter mudado com a diferença do meio onde se inseriram prova que o ambiente e a educação recebida é um factor condicionante e fundamental para os comportamentos chamados instintivos.
Pode-se concluir que, a educação e o contínuo contacto com a sociedade, influenciam os comportamentos do ser humano.

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