Existe uma diferença fundamental entre factores genéticos e factores congénitos no processo de desenvolvimento. Genético só é aquilo que o indivíduo recebe através dos genes. Congénito é tudo aquilo que influencia desenvolvimento do indivíduo, e que foi adquirido durante a vida intra-uterina, mas não é transmitido através dos genes (exemplo a sífilis é uma doença congénita, porque pode ser adquirida durante a vida intra-uterina, mas é transmitida através dos genes, logo a sífilis não é hereditária).
Konrad Lorenz foi o fundador da moderna etologia. Descobriu que muitos dos mais importantes padrões de comportamento dos animais (comportamentos instintivos) são inatos.
Lorenz estava interessado no estudo dos animais no seu contacto com a natureza e na forma como sobreviviam nos ambientes reais. Sugeriu que as espécies animais estão geneticamente construídas para aprenderem tipos específicos de informação que são importantes para a sobrevivência da espécie.
Lorenz estava interessado no estudo dos animais no seu contacto com a natureza e na forma como sobreviviam nos ambientes reais. Sugeriu que as espécies animais estão geneticamente construídas para aprenderem tipos específicos de informação que são importantes para a sobrevivência da espécie.
Estudo à cerca do processo imprinting que ocorre no desenvolvimento dos animais e dos seres humanos. Em experiências com animais, Lorenz percebeu que nas primeiras horas de vida há um período decisivo para o seu desenvolvimento. Neste período os animais absorvem intensamente o comportamento de outro animal. Lorenz realizou experiências com pintos e gansos, tendo demonstrado como este processo ocorria. O imprinting tem uma grande importância pois actua como um instinto para a sobrevivência de animais recém-nascidos. Mais tarde descobriu-se que o imprinting apenas ocorre em determinados períodos, tendo-se assim identificado os períodos críticos de aprendizagem. Esta descoberta levou a investigações com crianças, tendo-se demonstrado que na infância este fenómeno também acontece, existindo diversos períodos críticos, nos quais, as crianças estão particularmente aptas a realizar determinadas aprendizagens.
Contudo, o seu estudo foi criticado na medida em que Lorenz estudou os animais nos seus ambientes naturais e outros pesquisadores estudaram os animais em contexto de laboratório, onde conseguem controlar rigorosamente todas as características do local onde os analisados vão nascer.
Essas mudanças mostraram que o imprinting não é rápido, irreversível e restrito a um período crítico nem a uma espécie.
Muito bom... muito obrigado!
ResponderExcluirnão entendi o que é isto
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ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirTrago algumas questões:
Encontro divergências no texto aqui publicado, sobre o Imprinting ser espécie-específico em aves e algumas outras espécies ou ocorrer em humanos também. Qual é a estrutura cerebral em que ocorre nos humanos, se é o caso(IMHV nas aves, [Horn, 1985])?
Além disso, no final do mesmo texto não haveria uma confusão entre Imprinting e Aprendizagem Associativa (reversível, restrito a um período crítico do desenvolvimento em relação a situações previstas pelo gene)?
Poderiam me indicar outros autores e abordagens sobre o assunto, principalmente pendente à etologia humana?
Obrigado contribuição aberta.
O fundo do texto prejudica a leitura. Porém agradecemos o trabalho exposto.
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